Os desdobramentos
pós-eleições 2014 deverão expor a queda de poder do Partido dos Trabalhadores.
A ampliação exacerbada e sem critérios de bom senso, do principal instrumento
de promoção social - bolsa-família – e o uso político e descarado deste, nestas
eleições pelo PT, revoltou os brasileiros que trabalham e produzem. Isso coloca
em cheque a legitimidade da vitória apertada da Presidente Dilma para a
Presidência da República.
Neste ano de 2014, o
País inteiro viu claramente a conclusão da passagem de poder dos históricos
currais eleitorais, das mãos dos “Coronéis” para o Partido dos Trabalhadores. E
para manterem-se no poder, os herdeiros do coronelismo precisam beijar a mão do
novo e inédito fenômeno: O Coronel dos Coronéis, que foi criado a partir do uso
político do bolsa-família. Como escrevo para meus contemporâneos, acredito que
não há necessidade de explicar o que seja isso.
O Brasil que
trabalha e produz (material, cultural e intelectualmente) despertou para o
problema, que antes eram vistos apenas por aqueles que o Governo do PT tentava
desqualificar. No entanto, em uma sociedade democrática, a verdade não foi
sufocada, e hoje, o povo consciente rejeita, de forma clara, este governo que
foi reeleito através daquilo que muitos classificam como “compra oficial de
votos”, o que coloca em dúvida a legitimidade do próximo mandato presidencial
do PT.
Em detrimento dessa
consciência coletiva (do Brasil que trabalha e produz), este governo, que tanto
pregou mudanças – um compromisso que não existe, através do marketing de
campanha, mesmo que tentasse, não vai conseguir realizar as reformas de maneira
satisfatória. O primeiro motivo é o fato de que sua base de apoio é formada por
uma importante parcela com interesses escusos. E caso tente produzir um combate
real a corrupção, perderá forças partidárias. O segundo motivo está na
histórica base partidária de esquerda, que permanentemente pressiona o país
para uma estrutura mínima stalinista, como exemplo, a tentativa constante de
cercear a liberdade de imprensa e de expressão. Assim, toda sua base de apoio,
responsável por esta vitória no segundo turno, não permitirá nenhum milímetro
de mudança de curso no país.
Por outro lado,
todos estão cientes do quadro econômico e social no Brasil. E sem reformas
estruturais, o Estado Federal desenvolverá um quadro, cada vez mais intenso, de
recessão, inflação, desemprego, injustiça, impunidade seguida de mais
violência, criando um clima insuportável para o Brasil que trabalha e produz
durante cinco meses inteiros para pagar impostos em troca deste tipo de Estado.
Estes 48,36% de eleitores brasileiros, conscientes da necessidade de mudança,
junto com seus representantes no Congresso, fiscalizarão o Governo Federal em
cada passo. E qualquer movimento de retrocesso, seja administrativo ou
criminoso (corrupto), será motivo para protestos e movimentos populares pedindo
o impeachment. Só que este não será o impeachment de um presidente e sim do PT,
pois, todos sabemos que o Gigante que acordou no ano passado, não foi o Brasil
dos cara-pintadas ou, muito menos, do Bolsa-família.
Contudo, este Governo está entre a cruz e a espada, ou seja, entre o Brasil Consciente e Produtivo de um lado e, com seus aliados, o Coronel dos Coronéis de outro. E, como a própria Dilma disse – “não sobrará pedra sobre pedra”. Só que não é sobre a corrupção na Petrobrás, mas sim, da Instituição Presidência da República do governo petista.
Contudo, este Governo está entre a cruz e a espada, ou seja, entre o Brasil Consciente e Produtivo de um lado e, com seus aliados, o Coronel dos Coronéis de outro. E, como a própria Dilma disse – “não sobrará pedra sobre pedra”. Só que não é sobre a corrupção na Petrobrás, mas sim, da Instituição Presidência da República do governo petista.