
terça-feira, 21 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
SOBRE EDUCAÇÃO
Antes de cursar a Universidade, morei no Japão, país com a maior renda per capita do planeta, e mudei completamente minha visão de mundo. Comecei a analisar, com o pouco conhecimento que tinha, o porquê ele era um país tão diferente do Brasil, extremamente mais rico, porém muito mais justo e mais civilizado, com valores humanos, como respeito e dignidade, utilizados em níveis notáveis. Cheguei a uma conclusão lógica, que era a educação. Mais tarde, já no Brasil, me debrucei nesta matéria de maneira mais profunda e passei a comparar nossa educação a de outros países que tem melhores resultados, e percebi que existe relação entre investimento em educação com o desenvolvimento e com o grau de consciência e civilidade de suas populações.
Desde o século 19, grandes potências mundiais como Japão, Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Inglaterra, buscaram a universalização da educação, ou seja, colocar 100% das crianças na escola. O Brasil só tomou essa iniciativa na segunda metade do século 20, ou seja, cerca de 100 anos depois. Ainda no século 19, os Estados Unidos e o Japão contrataram, como professores, cientistas europeus para suas universidades, pois naquele período a Europa era o único celeiro de ciência no mundo. Depois disso, o desenvolvimento econômico e tecnológico, nestes dois países, foi tão notável que após a segunda grande guerra chegaram a 1ª e 2ª potências econômicas. Em 1991, o Brasil investia 3,5% do seu PIB em educação, enquanto o Japão investia 6%. Porém, o PIB brasileiro era de cerca de US$ 450 bilhões, e no Japão era de US$ 4,5 trilhões, ou seja, dez vezes maior. Então, quem é que deveria investir mais, percentualmente ao PIB? Mesmo com tão poucos investimentos em ciência e tão poucos cientistas atuantes, o Brasil tem profissionais se destacando nesta área. Isso se explica porque somos um povo multicultural, e assim, somos criativos. E é a criatividade que desenvolve a teoria, transformando-a em ciência.
Outro fato curioso é que nos países desenvolvidos as crianças dedicam tempo integral à escola, enquanto no Brasil, estudam apenas meio período. Na França, por exemplo, a educação física é praticada todos os dias, e além do aprendizado da língua inglesa, devem escolher uma segunda língua para estudar. Aqui, em nossas escolas públicas, estudamos inglês apenas da 5ª série em diante, e não aprendemos muito mais do que o verbo “to be”. Um problema, que considero extremamente nocivo para nossa sociedade, e que vem corroendo nossos valores humanos e morais, é que nossas crianças estudam meio período, e no outro, quando não estão “brincando”, são educados pela televisão. E a TV precisa vender, lucrar, faturar, fazendo com que os valores materiais se sobreponham aos morais. Inclusive, fato notório, nossos marqueteiros são os melhores do mundo. Com isso, estamos nos transformando numa sociedade com fortes valores materiais, em detrimento de valores humanos e morais, daí a perda do respeito ao coletivo e ao próximo, inclusive ao professor, criando uma sociedade cada vez mais corrupta e individualista; os mensalões e dólares na cueca estão aí para provar isso. O famoso ditador alemão, Adolf Hitler, escreveu em seu livro, “Mein Kampf” (Minha Luta), que o líder é homogêneo ao povo, pois ele vem do povo, e o povo o escolhe porque se sente igual a ele. Ou seja, se o líder é honesto, quem o escolheu é honesto, ou se é corrupto, quem o escolheu é corrupto. Sem dúvida, se você vota sabendo que o candidato é corrupto, você está compactuando com isso, e depois não adianta reclamar, dizendo que ele rouba você.
Se educarmos uma geração inteira de brasileiros, conscientes de seu papel na sociedade, estes resolverão todos os nossos problemas, econômicos, sociais, jurídicos, ambientais, etc. Mas, para educá-la adequadamente, é preciso alterar o artigo constitucional que reserva à família a obrigação de educar moral e eticamente. Infelizmente, como está, não está dando certo. O Estado também precisa ser responsável por isso. Então, defendo que devemos ter nas escolas, do primeiro ano do ensino fundamental até o colegial, as matérias de Educação Moral, Educação Cívica (cidadania e OSPB), Educação Ética, e também Filosofia Clássica. Através destas matérias, estaríamos entregando à sociedade cidadãos mais capazes e mais conscientes dos seus deveres e direitos, melhorando assim, a qualidade de suas ações e do seu voto, portanto também, a qualidade dos seus representantes. Também é fundamental que o período de dedicação dos alunos à escola seja integral, pois além do aumento de conhecimento, nenhuma criança brasileira passaria fome, já que todas teriam o almoço servido na escola.
No caso da matéria de Filosofia Clássica – e não a Filosofia que existe nas escolas públicas, como no Estado de São Paulo – seria para realmente fazer o aluno pensar, e assim, resolveria um dos problemas gravíssimos: o analfabetismo funcional. Em 2004, a revista Veja publicou matéria que continha os índices de analfabetos no Brasil. O resultado era que 8% da população brasileira era formada por analfabetos. E 66% por analfabetos funcionais, ou seja, que sabiam ler e escrever, mas não tinham capacidade de interpretar ou escrever um texto. Bill Clinton, presidente norte-americano de 1993 à 2000, escreveu em seu livro autobiográfico, “Minha Vida”, que quando era governador do Estado do Arkansas, em 1982, o Governo Federal dos Estados Unidos publicou o “alarmante” índice de analfabetismo funcional no país, que era de 22% da população. E ele decidiu contribuir com a União fazendo uma grande transformação na área educacional de seu estado, naquele ano.
Contudo, não podemos deitar no berço esplêndido e nos iludirmos, ou deixar que os políticos nos iludam, dizendo: Do jeito que a educação está, teremos futuro. Acredito que, se desejamos alcançar a qualidade de vida dos países desenvolvidos, precisamos fazer nossa lição de casa: investindo parte considerável de nosso PIB em educação e ciência, reforçando decisivamente, através da escola, valores humanos, morais e culturais. Desta forma, acontecerá o que sempre sonhamos: Que o futuro se torne presente e nosso Brasil se transforme em país desenvolvido, sendo assim, de fato, uma Grande Potência.
HISTÓRIA DA MINHA FAMÍLIA
A relação da minha família com a cidade de São Bernardo do Campo é bastante antiga, pois remonta desde a vinda das famílias, das quais descendo, Vial, Corradi, Gerbelli e Beber, no final do século 19. Meu bisavô, Hermínio Vial, veio da Itália com 12 anos de idade, e quando adulto, fazia o transporte, de charrete, de pessoas e mercadorias, entre os municípios de São Bernardo e Santo André, através do caminho onde está construída a avenida Pereira Barreto. Fato interessante é que ele foi um dos fundadores da Banda Sinfônica de São Bernardo, tocando trombone. Já meu avô, Angelo Vial, que nasceu na Rua Marechal Deodoro, se tornou marceneiro e foi um dos sócios da grande e antiga Fábrica de Móveis São Bernardo, firma onde meu pai, Mário Antonio Vial, também trabalhou, como contador.
Há 19 anos, meu pai e eu somos sócios de uma Imobiliária, e minha mãe, Idália Kohatsu Vial, que nasceu no município de Pedro de Toledo, no interior paulista, é pedagoga e foi professora em várias escolas de nossa cidade. Após atuar como professora substituta nos Bairros Batistini, Jd. da Represa, Alvarenga e Paulicéia, foi efetiva por 1 ano no Colégio Iracema Munhoz, no Centro, por 10 anos no Colégio Maria Luiza Colaço, no Bairro Ferrazópoliz, e por 10 anos no Colégio Vladimir Herzog, na Vila Duzzi, onde se aposentou.
Quando São Bernardo ainda era uma cidade pequena, com cerca de 40 mil habitantes, meu pai, que nasceu na rua Rio Branco, travessa da rua Marechal Deodoro, nadava e pescava no rio, onde hoje está canalizado embaixo da avenida Faria Lima. Ele também participou da Congregação Mariana, filhos de Maria, da Igreja Matriz. Foi também sócio fundador do MESC (Movimento de Expansão Social e Católica), clube que administrou por três anos e, mais tarde, foi diretor financeiro por cerca de 10 anos.
Meus avós me contavam muitas estórias sobre nossa cidade, desde que me conheço por gente, mas as deixarei para outras oportunidades, pois sei que terei muitas outras lembranças sobre a história de minha família em São Bernardo.
OBJETIVO DESTE BLOG
O objetivo deste blog é compartilhar meus pensamentos e minhas atividades coletivas, projetos e realizações, já que sou assessor parlamentar do Deputado Estadual Orlando Morando e ingressei na vida pública definitivamente, a partir de 2008, quando fui candidato a vereador pela cidade que tanto amo, São Bernardo do Campo.
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